segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Salomão

Salomão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

Nota: Se procura por alguma outra figura conhecida como Salomão, consulte Salomão (desambiguação).


Salomão é um personagem da Bíblia (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.)
Índice
[esconder]

* 1 Salomão na tradição bíblica
o 1.1 Reinado de Salomão
o 1.2 Divisão do Reino
o 1.3 Tradição posterior
o 1.4 História do Bebê
* 2 Salomão na tradição islâmica
* 3 Salomão à luz da História e da Arqueologia
* 4 Referências
* 5 Ver também

[editar] Salomão na tradição bíblica

O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico: שלמה, deriva da raiz Shalom, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". Foi adicionalmente chamado de Jedidias (em árabe سليمان Sulayman) pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de IHVH". (II Samuel 12:24, 25)
Idealização do Templo de Salomão

Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.

Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.
[editar] Reinado de Salomão
Rei Salomão,filho de David, em seu trono.

Existem diferentes datas para divisão do reino de Israel. Veja isso em Cronologia Bíblica.

Adonias, filho primogénito de David, proclamou-se pretendente ao Trono e sucessor de seu pai. Segundo os profetas, era da vontade Divina que o sucessor fosse Salomão, filho de David e Bate-Seba. Visto que Salomão não era o herdeiro imediato ao Trono, isso levou a intrigas e conspirações pelos partidários de Adonias. O direito de Salomão ao trono é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. Logo que se tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu reinado.

Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso, não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas.

Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de casamento a cidade cananéia de Gezar. Renovou a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. Ficou conhecido por ter ordenado a construção do Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de Israel do Egipto. (Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma sincronização autêntica.)

Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como mandou reconstruir fortificar diversas cidades fortificadas (como por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor …) e construir cidades-armazém.

Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importancia a cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha no porto de Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de longo curso, chamados de "navios de Társis".

Segundo I Reis 11:3, Salomão tinha setecentas mulheres e trezentas concubinas, e "suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.
[editar] Divisão do Reino

Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. Em vez de ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele mandou aumenta-los. Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional (ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá (tendo por capital Jerusalém e como rei, Roboão).
[editar] Tradição posterior

A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputados a Salomão, para dar-lhes valor.
[editar] História do Bebê

A Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres teriam ido ao seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos, um dos filhos morreu e a mãe do que morreu, pegou a da outra mãe. De manhã, ela percebeu que aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho e que levassem a falsa mãe para a prisão perpétua. 1 Reis 3:16-28
[editar] Salomão na tradição islâmica

O Rei Salomão aparece no Corão com o nome de Sulaiman ou Suleiman. No Islão, é considerado como um profeta e um grande legislador da parte de Alá (Deus).
[editar] Salomão à luz da História e da Arqueologia

Até o presente, não há qualquer comprovação ou mesmo indícios significativos capazes de conferir autenticidade histórica à figura do rei Salomão, nem que Jerusalém tenha sido, por volta do século X a.C., o centro de um reino amplo e próspero, conforme descrito no Livro dos Reis. Ademais, tendo sido Salomão um rei famoso por sua sabedoria e riqueza (como mostrado na Bíblia), era de se esperar que seu nome fosse referido por outros povos daquela região, sobretudo pelos fenícios de Tiro, com quem o reino de Salomão manteria intenso comércio. A ausência de quaisquer achados arqueológicos dessa natureza parece indicar que Salomão é, na verdade, o símbolo de um passado glorioso (ainda que legendário) que a maioria dos povos antigos apreciava se atribuir. [1].

Nenhum comentário:

Postar um comentário