Questionário - Davi e o seu Sucessor - Pr. Moisés Soares da Câmara
Publicado em 15 de Dezembro de 2009 as 11:28:24 AM Comente
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ALUNO(A):_____________________________________________
CLASSE: __________________________________ NOTA:______
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 12 DO 4º TRIMESTRE/2009
•01. Considerando-se que o governo monárquico de Davi teve uma longa duração, podemos afirmar que:
I.
Davi foi o segundo monarca de Israel.
II.
Mesmo sendo um homem de Deus, Davi não preparou o seu sucessor.
III.
Cerca de 40 anos foi o reinado de Davi.
Assinale, agora, a alternativa mais adequada:
A I e II estão corretas.
B III e II estão incorretas.
C Todas estão incorretas.
D Todas estão corretas.
E I e III estão corretas.
•02. Com relação a Davi e o seu reinado, é correto afirmar:
A Sofreu levante dos próprios militares de seu Exército.
B Não sofreu tentativas de golpe de estado.
Se
C Foi um fraco governo.
D A transmissão do reino a Salomão não aconteceu de forma tão amistosa e pacífica.
E Foi incapaz de preparar o seu sucessor.
•03. Dentre os fatores da escolha de Salomão como sucessor de Davi, destacamos:
A Salomão chegou ao trono por uma simples indicação de Davi.
B Deus revelou ao profeta Natã que um dos filhos de Davi seria o escolhido do próprio rei para construir o Santuário.
C Antes de apresentar Salomão ao povo, Davi já sabia da revelação divina.
D Deus revelou ao profeta Natã que um dos filhos de Davi seria o escolhido do povo para construir o Santuário.
E Salomão chegou ao trono por uma simples indicação do povo.
•04. Sobre o legado político institucional deixado por Davi, é correto afirmar, exceto:
A Falência do sistema judiciário.
B Exército bem montado.
C Fortalecimento das instituições.
D Guarda real bem aparelhada.
E Instituições consolidadas.
•05. Com relação ao maior legado deixado por Davi ao seu filho Salomão, é coerente afirmar, exceto:
A Sabia, portanto, que o reinado do filho só teria êxito se Salomão agisse da mesma forma que ele em relação a Deus.
B O maior foi o espiritual.
C Apelou ao filho para que não se esqueça, durante o seu governo, de ser um homem apegado ao conhecimento científico da época.
D Demonstrou por diversas vezes que era dependente da orientação divina.
E Davi seguia as orientações de Deus.
•06. Como sucessor de seu pai, o início do governo de Salomão foi importante porque:
A Respondeu parcialmente à vocação divina e proferiu um dos mais belos Provérbios da Bíblia.
B Respondeu bem à vocação divina e proferiu uma das mais belas orações da Bíblia.
C Respondeu bem à vocação divina e proferiu um dos mais belos Provérbios da Bíblia.
D Respondeu parcialmente à vocação divina e proferiu uma das mais belas orações da Bíblia.
E Respondeu bem à vocação divina e proferiu um dos mais belos Salmos da Bíblia.
•07. Marque a única alternativa incorreta:
A Salomão estava consciente de que estava no trono pela bondade do Altíssimo.
B Salomão reconheceu a benevolência de Deus.
C Salomão demonstrou um grande senso de justiça.
D Salomão estava ciente de que estava no trono por causa de seus méritos.
E Salomão reconheceu que não passava de uma criança e que não sabia como se conduzir.
•08. Dentre as afirmações abaixo, é correto afirmar que:
A Salomão pediu um coração entendido para julgar o povo de Deus.
B Salomão pediu aquilo que parece ser o alvo de todos os homens.
C Salomão pediu a vida de seus inimigos.
D Salomão pediu vida longa.
E Salomão pediu riquezas.
•09. O que marcou o reinado de Salomão foi
A a cobrança dos altos impostos para a construção do Templo em Jerusalém.
B a sua capacidade de intermediar conflitos entre as tribos do reino.
C a sua forma de administrar.
D a sua coragem.
E a sua imparcialidade nos julgamentos.
•10. Acerca de Davi, é ilícito afirmar que:
A Preparou o seu sucessor.
B É um dos poucos personagens da Bíblia que tem rara capacidade de nos causar admiração e decepção ao mesmo tempo.
C A liderança de Davi foi bem-sucedida.
D Davi não viveu para si, mas para Deus e para o próximo.
E Todas estão corretas.
Autor do questionário: Pr. Moisés Soares da Câmara - O gabarito deste questionário poderá ser solicitado através do e-mail do autor: moisescmb@pop.com.br
ATENÇÃO: Favor citar nome, classe que leciona, faixa etária da classe, igreja, cidade e estado.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Salomão
Salomão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Se procura por alguma outra figura conhecida como Salomão, consulte Salomão (desambiguação).
Salomão é um personagem da Bíblia (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.)
Índice
[esconder]
* 1 Salomão na tradição bíblica
o 1.1 Reinado de Salomão
o 1.2 Divisão do Reino
o 1.3 Tradição posterior
o 1.4 História do Bebê
* 2 Salomão na tradição islâmica
* 3 Salomão à luz da História e da Arqueologia
* 4 Referências
* 5 Ver também
[editar] Salomão na tradição bíblica
O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico: שלמה, deriva da raiz Shalom, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". Foi adicionalmente chamado de Jedidias (em árabe سليمان Sulayman) pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de IHVH". (II Samuel 12:24, 25)
Idealização do Templo de Salomão
Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.
[editar] Reinado de Salomão
Rei Salomão,filho de David, em seu trono.
Existem diferentes datas para divisão do reino de Israel. Veja isso em Cronologia Bíblica.
Adonias, filho primogénito de David, proclamou-se pretendente ao Trono e sucessor de seu pai. Segundo os profetas, era da vontade Divina que o sucessor fosse Salomão, filho de David e Bate-Seba. Visto que Salomão não era o herdeiro imediato ao Trono, isso levou a intrigas e conspirações pelos partidários de Adonias. O direito de Salomão ao trono é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. Logo que se tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu reinado.
Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso, não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas.
Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de casamento a cidade cananéia de Gezar. Renovou a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. Ficou conhecido por ter ordenado a construção do Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de Israel do Egipto. (Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma sincronização autêntica.)
Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como mandou reconstruir fortificar diversas cidades fortificadas (como por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor …) e construir cidades-armazém.
Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importancia a cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha no porto de Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de longo curso, chamados de "navios de Társis".
Segundo I Reis 11:3, Salomão tinha setecentas mulheres e trezentas concubinas, e "suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.
[editar] Divisão do Reino
Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. Em vez de ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele mandou aumenta-los. Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional (ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá (tendo por capital Jerusalém e como rei, Roboão).
[editar] Tradição posterior
A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputados a Salomão, para dar-lhes valor.
[editar] História do Bebê
A Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres teriam ido ao seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos, um dos filhos morreu e a mãe do que morreu, pegou a da outra mãe. De manhã, ela percebeu que aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho e que levassem a falsa mãe para a prisão perpétua. 1 Reis 3:16-28
[editar] Salomão na tradição islâmica
O Rei Salomão aparece no Corão com o nome de Sulaiman ou Suleiman. No Islão, é considerado como um profeta e um grande legislador da parte de Alá (Deus).
[editar] Salomão à luz da História e da Arqueologia
Até o presente, não há qualquer comprovação ou mesmo indícios significativos capazes de conferir autenticidade histórica à figura do rei Salomão, nem que Jerusalém tenha sido, por volta do século X a.C., o centro de um reino amplo e próspero, conforme descrito no Livro dos Reis. Ademais, tendo sido Salomão um rei famoso por sua sabedoria e riqueza (como mostrado na Bíblia), era de se esperar que seu nome fosse referido por outros povos daquela região, sobretudo pelos fenícios de Tiro, com quem o reino de Salomão manteria intenso comércio. A ausência de quaisquer achados arqueológicos dessa natureza parece indicar que Salomão é, na verdade, o símbolo de um passado glorioso (ainda que legendário) que a maioria dos povos antigos apreciava se atribuir. [1].
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Se procura por alguma outra figura conhecida como Salomão, consulte Salomão (desambiguação).
Salomão é um personagem da Bíblia (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.)
Índice
[esconder]
* 1 Salomão na tradição bíblica
o 1.1 Reinado de Salomão
o 1.2 Divisão do Reino
o 1.3 Tradição posterior
o 1.4 História do Bebê
* 2 Salomão na tradição islâmica
* 3 Salomão à luz da História e da Arqueologia
* 4 Referências
* 5 Ver também
[editar] Salomão na tradição bíblica
O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico: שלמה, deriva da raiz Shalom, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". Foi adicionalmente chamado de Jedidias (em árabe سليمان Sulayman) pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de IHVH". (II Samuel 12:24, 25)
Idealização do Templo de Salomão
Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.
[editar] Reinado de Salomão
Rei Salomão,filho de David, em seu trono.
Existem diferentes datas para divisão do reino de Israel. Veja isso em Cronologia Bíblica.
Adonias, filho primogénito de David, proclamou-se pretendente ao Trono e sucessor de seu pai. Segundo os profetas, era da vontade Divina que o sucessor fosse Salomão, filho de David e Bate-Seba. Visto que Salomão não era o herdeiro imediato ao Trono, isso levou a intrigas e conspirações pelos partidários de Adonias. O direito de Salomão ao trono é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. Logo que se tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu reinado.
Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso, não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas.
Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de casamento a cidade cananéia de Gezar. Renovou a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. Ficou conhecido por ter ordenado a construção do Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de Israel do Egipto. (Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma sincronização autêntica.)
Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como mandou reconstruir fortificar diversas cidades fortificadas (como por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor …) e construir cidades-armazém.
Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importancia a cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha no porto de Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de longo curso, chamados de "navios de Társis".
Segundo I Reis 11:3, Salomão tinha setecentas mulheres e trezentas concubinas, e "suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.
[editar] Divisão do Reino
Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. Em vez de ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele mandou aumenta-los. Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional (ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá (tendo por capital Jerusalém e como rei, Roboão).
[editar] Tradição posterior
A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputados a Salomão, para dar-lhes valor.
[editar] História do Bebê
A Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres teriam ido ao seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos, um dos filhos morreu e a mãe do que morreu, pegou a da outra mãe. De manhã, ela percebeu que aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho e que levassem a falsa mãe para a prisão perpétua. 1 Reis 3:16-28
[editar] Salomão na tradição islâmica
O Rei Salomão aparece no Corão com o nome de Sulaiman ou Suleiman. No Islão, é considerado como um profeta e um grande legislador da parte de Alá (Deus).
[editar] Salomão à luz da História e da Arqueologia
Até o presente, não há qualquer comprovação ou mesmo indícios significativos capazes de conferir autenticidade histórica à figura do rei Salomão, nem que Jerusalém tenha sido, por volta do século X a.C., o centro de um reino amplo e próspero, conforme descrito no Livro dos Reis. Ademais, tendo sido Salomão um rei famoso por sua sabedoria e riqueza (como mostrado na Bíblia), era de se esperar que seu nome fosse referido por outros povos daquela região, sobretudo pelos fenícios de Tiro, com quem o reino de Salomão manteria intenso comércio. A ausência de quaisquer achados arqueológicos dessa natureza parece indicar que Salomão é, na verdade, o símbolo de um passado glorioso (ainda que legendário) que a maioria dos povos antigos apreciava se atribuir. [1].
Lição 12 davi e salomão
Com seu filho Salomão que Davi declara seu sucessor. À luz da rebelião do Adonias, Davi chama Bate-Seba e jura para ela que Salomão será seu sucessor. Depois chama o sacerdote Zadoque, o profeta Natã e Benaia, responsável pelos guardas do palácio, instruindo-os em que fazer. Então eles “fizeram Salomão montar a mula do rei Davi” e o levavam para ser coroado. Nisso tudo, Salomão não é companheiro de seu pai, não tem voz, não é incluído nos planos e decisões. Ele parece ser apenas um objeto colocado no lugar certo para cumprir os propósitos do Davi (1 Re 1.28-40).
Lição12 a morte do rei davi
A MORTE DO REI DAVI
1 Reis 1 a 2:11
A rebelião de Adonias
Davi aos setenta anos já se encontrava debilitado e sua saúde exigia cuidado.
Ele sentia muito frio e o remédio sugerido pelos seus servos, embora nos surpreenda hoje, era prático e usado naqueles dias para os que sofriam desse problema: uma jovem para serví-lo e aquecê-lo com o seu corpo. Tendo ele concordado, encontraram uma jovem muito formosa chamada Abisague, e ela lhe prestou esses serviços. Embora Davi não a tenha possuído, ela foi considerada como sendo uma das suas esposas, como vemos mais tarde.
Adonias, agora o filho mais velho de Davi após a morte de Amnom e Absalão, impaciente pelo trono que julgava ia herdar, tratou de se promover e providenciou carros, cavaleiros e cinqüenta homens que corressem pomposamente adiante dele, exatamente como fizera Absalão (2 Samuel 15:1).
Mas, como mais tarde disse o Senhor Jesus: "todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lucas 14:11), sua humilhação não tardaria em vir.
Como Absalão, ele era de muito boa aparência, e Davi tinha sido muito indulgente com ele, nunca o disciplinando. Ele não teve dificuldade em se rodear de amigos, entre os quais o general Joabe que já não era benquisto por Davi e via uma oportunidade de restaurar-se com o seu sucessor, e o sacerdote Abiatar.
Um dia ele deu um grande churrasco e convidou apenas os seus amigos. Ele sabia quem continuava fiel a Davi e os deixou de fora, inclusive seu meio-irmão Salomão, filho de Bateseba.
O SENHOR havia dito a Davi, antes do nascimento de Salomão, que Salomão ia ser rei em seu lugar, e iria construir o templo em Jerusalém que Davi havia planejado construir depois da praga que veio em resultado ao recenseamento do povo (1 Crônicas 22:9).
Por certo essa revelação teria vindo através do profeta Natã, e Davi a transmitiu a Bate-Seba, mãe de Salomão, prometendo-lhe que o seu segundo filho (o primeiro morreu) seria rei em seu lugar. É ainda possível que Adonias também estivesse a par, e essa seria mais uma razão para ele procurar se apossar do trono antes que Davi nomeasse Salomão.
Percebendo a intenção de Adonias, Natã se empenhou em evitar que ele levasse avante os seus planos, e cuidadosamente preparou uma estratégia para persuadir o rei a tomar as providências necessárias para passar o trono a Salomão.
Natã falou com Bate-Seba, dizendo que Adonias já se proclamava rei sem o conhecimento de Davi, e que ela e seu filho Salomão agora corriam perigo de vida (o que é bem provável) e sugeriu um plano para que se salvassem.
Em obediência a Natã, Bate-Seba apresentou-se ao rei Davi, lembrou-o que ele havia jurado que Salomão seria seu sucessor, e perguntou porque, então, Adonias reinava? Pois ele havia dado aquele banquete e convidado todos os seus amigos e irmãos menos Salomão. Todo o Israel estava esperando para que Davi nomeasse o seu sucessor mas, se não o fizesse antes de morrer, ela e Salomão correriam perigo de vida.
Nesse momento, aproveitando-se do choque do rei ao ouvir isto, Natã pediu uma audiência, e ao ser chamado à presença do rei contou-lhe a mesma coisa e perguntou se era isso que o rei queria?
Bate-Seba havia se afastado com a entrada de Natã, mas Davi a chamou e lhe disse que faria naquele mesmo dia como havia jurado a ela pelo SENHOR Deus de Israel: seu filho Salomão reinaria depois dele e se assentaria no trono em seu lugar.
Imediatamente Davi instruiu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada para instalarem Salomão no trono como seu sucessor (Joiada foi um sacerdote - 1 Crônicas 27:5 - e Benaia fora colocado por Davi como chefe da sua guarda real - 2 Samuel 8:18).
Seguindo suas instruções, eles montaram Salomão na mula real e o levaram a Giom, acompanhados da guarda real. Essa mula era o animal de transporte de gala do rei, e montar sobre ela era como sentar-se no trono. Cada príncipe tinha também sua própria mula.
Giom era uma lagoa, próxima a Jerusalém. Ali ele foi ungido e proclamado com trombeta como rei de Israel e todo o povo exclamou: Viva o rei Salomão! Houve grande alegria, muita música e clamor no caminho até o palácio real, onde colocaram Salomão no trono.
O ruído interrompeu a festa do pretendente Adonias. Ao ouvirem um relato do que havia acontecido e perceberem que a sua rebelião havia sido frustrada, os convidados debandaram. Adonias foi se refugiar no pátio do tabernáculo e ficou segurando os chifres do altar esperando que ninguém o tocasse enquanto estava ali, e exigindo que Salomão jurasse não matá-lo.
Ao ser informado, Salomão disse que Adonias poderia viver em paz se fosse homem de bem, mas seria executado se fosse achada maldade nele. Ele mandou buscar Adonias, que veio e se prostrou em submissão diante de Salomão. Este o mandou ir para casa.
As instruções de Davi a Salomão
Davi começou declarando que ia pelo caminho de todos os mortais: a morte física é o caminho por que passa toda a humanidade, quando deixamos este corpo e nosso espírito deixa esse âmbito material, físico, e passa ainda consciente para o âmbito espiritual.
Em seguida mandou "Coragem, pois, e sê homem!" Um homem de Deus precisa de ter coragem e as virtudes que associamos com um caráter varonil: integridade, força de caráter, determinação, justiça e retidão. A idéia que muitos têm de que um homem piedoso é um tipo efeminado, fraco, refletida nas pinturas religiosas da idade média e da renascença é muito errada. Para ter sucesso no poder, Salomão precisava ser um verdadeiro homem.
Para que Salomão prosperasse em tudo quanto fizesse, em qualquer parte, era essencial que ele fosse fiel ao SENHOR: guardando os seus preceitos para andar nos Seus caminhos, para obedecer os seus estatutos e os seus mandamentos; como rei, fazer cumprir os seus juízos, e os seus testemunhos no templo, tudo em conformidade com o que se encontra escrito na Lei de Moisés.
A segurança da dinastia de Davi no trono de Israel dependia da fidelidade sincera ao SENHOR por parte da sua descendência, e lemos que a partir do próprio Salomão mais tarde, eles falharam. Em conseqüência, os seus sucessores perderam o poder que haviam herdado.
Salomão precisava também começar por limpar o ambiente daqueles que haviam já revelado seu mau caráter e infidelidade durante o reino de Davi, e recompensar aos que lhe haviam sido fiéis. Isso nos lembra que o Senhor Jesus também vai limpar o ambiente de tudo aquilo que ofende antes de dar início ao seu reino milenar.
A morte de Davi é relatada em um curto versículo. Existe um tom de tristeza aqui, pois ele havia sido um grande homem de Deus. Quando o seu primeiro filho com Bate-Seba morreu, Davi havia dito: "Eu irei a ele, porém ele não voltará para mim". Ele agora havia ido. Mas voltará para o seu reino milenar, com o SENHOR (Jeremias 30:9, Ezequiel 34:23-24, 37:24-25, Oséias 3:5).
R David Jones
1 Reis 1 a 2:11
A rebelião de Adonias
Davi aos setenta anos já se encontrava debilitado e sua saúde exigia cuidado.
Ele sentia muito frio e o remédio sugerido pelos seus servos, embora nos surpreenda hoje, era prático e usado naqueles dias para os que sofriam desse problema: uma jovem para serví-lo e aquecê-lo com o seu corpo. Tendo ele concordado, encontraram uma jovem muito formosa chamada Abisague, e ela lhe prestou esses serviços. Embora Davi não a tenha possuído, ela foi considerada como sendo uma das suas esposas, como vemos mais tarde.
Adonias, agora o filho mais velho de Davi após a morte de Amnom e Absalão, impaciente pelo trono que julgava ia herdar, tratou de se promover e providenciou carros, cavaleiros e cinqüenta homens que corressem pomposamente adiante dele, exatamente como fizera Absalão (2 Samuel 15:1).
Mas, como mais tarde disse o Senhor Jesus: "todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lucas 14:11), sua humilhação não tardaria em vir.
Como Absalão, ele era de muito boa aparência, e Davi tinha sido muito indulgente com ele, nunca o disciplinando. Ele não teve dificuldade em se rodear de amigos, entre os quais o general Joabe que já não era benquisto por Davi e via uma oportunidade de restaurar-se com o seu sucessor, e o sacerdote Abiatar.
Um dia ele deu um grande churrasco e convidou apenas os seus amigos. Ele sabia quem continuava fiel a Davi e os deixou de fora, inclusive seu meio-irmão Salomão, filho de Bateseba.
O SENHOR havia dito a Davi, antes do nascimento de Salomão, que Salomão ia ser rei em seu lugar, e iria construir o templo em Jerusalém que Davi havia planejado construir depois da praga que veio em resultado ao recenseamento do povo (1 Crônicas 22:9).
Por certo essa revelação teria vindo através do profeta Natã, e Davi a transmitiu a Bate-Seba, mãe de Salomão, prometendo-lhe que o seu segundo filho (o primeiro morreu) seria rei em seu lugar. É ainda possível que Adonias também estivesse a par, e essa seria mais uma razão para ele procurar se apossar do trono antes que Davi nomeasse Salomão.
Percebendo a intenção de Adonias, Natã se empenhou em evitar que ele levasse avante os seus planos, e cuidadosamente preparou uma estratégia para persuadir o rei a tomar as providências necessárias para passar o trono a Salomão.
Natã falou com Bate-Seba, dizendo que Adonias já se proclamava rei sem o conhecimento de Davi, e que ela e seu filho Salomão agora corriam perigo de vida (o que é bem provável) e sugeriu um plano para que se salvassem.
Em obediência a Natã, Bate-Seba apresentou-se ao rei Davi, lembrou-o que ele havia jurado que Salomão seria seu sucessor, e perguntou porque, então, Adonias reinava? Pois ele havia dado aquele banquete e convidado todos os seus amigos e irmãos menos Salomão. Todo o Israel estava esperando para que Davi nomeasse o seu sucessor mas, se não o fizesse antes de morrer, ela e Salomão correriam perigo de vida.
Nesse momento, aproveitando-se do choque do rei ao ouvir isto, Natã pediu uma audiência, e ao ser chamado à presença do rei contou-lhe a mesma coisa e perguntou se era isso que o rei queria?
Bate-Seba havia se afastado com a entrada de Natã, mas Davi a chamou e lhe disse que faria naquele mesmo dia como havia jurado a ela pelo SENHOR Deus de Israel: seu filho Salomão reinaria depois dele e se assentaria no trono em seu lugar.
Imediatamente Davi instruiu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada para instalarem Salomão no trono como seu sucessor (Joiada foi um sacerdote - 1 Crônicas 27:5 - e Benaia fora colocado por Davi como chefe da sua guarda real - 2 Samuel 8:18).
Seguindo suas instruções, eles montaram Salomão na mula real e o levaram a Giom, acompanhados da guarda real. Essa mula era o animal de transporte de gala do rei, e montar sobre ela era como sentar-se no trono. Cada príncipe tinha também sua própria mula.
Giom era uma lagoa, próxima a Jerusalém. Ali ele foi ungido e proclamado com trombeta como rei de Israel e todo o povo exclamou: Viva o rei Salomão! Houve grande alegria, muita música e clamor no caminho até o palácio real, onde colocaram Salomão no trono.
O ruído interrompeu a festa do pretendente Adonias. Ao ouvirem um relato do que havia acontecido e perceberem que a sua rebelião havia sido frustrada, os convidados debandaram. Adonias foi se refugiar no pátio do tabernáculo e ficou segurando os chifres do altar esperando que ninguém o tocasse enquanto estava ali, e exigindo que Salomão jurasse não matá-lo.
Ao ser informado, Salomão disse que Adonias poderia viver em paz se fosse homem de bem, mas seria executado se fosse achada maldade nele. Ele mandou buscar Adonias, que veio e se prostrou em submissão diante de Salomão. Este o mandou ir para casa.
As instruções de Davi a Salomão
Davi começou declarando que ia pelo caminho de todos os mortais: a morte física é o caminho por que passa toda a humanidade, quando deixamos este corpo e nosso espírito deixa esse âmbito material, físico, e passa ainda consciente para o âmbito espiritual.
Em seguida mandou "Coragem, pois, e sê homem!" Um homem de Deus precisa de ter coragem e as virtudes que associamos com um caráter varonil: integridade, força de caráter, determinação, justiça e retidão. A idéia que muitos têm de que um homem piedoso é um tipo efeminado, fraco, refletida nas pinturas religiosas da idade média e da renascença é muito errada. Para ter sucesso no poder, Salomão precisava ser um verdadeiro homem.
Para que Salomão prosperasse em tudo quanto fizesse, em qualquer parte, era essencial que ele fosse fiel ao SENHOR: guardando os seus preceitos para andar nos Seus caminhos, para obedecer os seus estatutos e os seus mandamentos; como rei, fazer cumprir os seus juízos, e os seus testemunhos no templo, tudo em conformidade com o que se encontra escrito na Lei de Moisés.
A segurança da dinastia de Davi no trono de Israel dependia da fidelidade sincera ao SENHOR por parte da sua descendência, e lemos que a partir do próprio Salomão mais tarde, eles falharam. Em conseqüência, os seus sucessores perderam o poder que haviam herdado.
Salomão precisava também começar por limpar o ambiente daqueles que haviam já revelado seu mau caráter e infidelidade durante o reino de Davi, e recompensar aos que lhe haviam sido fiéis. Isso nos lembra que o Senhor Jesus também vai limpar o ambiente de tudo aquilo que ofende antes de dar início ao seu reino milenar.
A morte de Davi é relatada em um curto versículo. Existe um tom de tristeza aqui, pois ele havia sido um grande homem de Deus. Quando o seu primeiro filho com Bate-Seba morreu, Davi havia dito: "Eu irei a ele, porém ele não voltará para mim". Ele agora havia ido. Mas voltará para o seu reino milenar, com o SENHOR (Jeremias 30:9, Ezequiel 34:23-24, 37:24-25, Oséias 3:5).
R David Jones
Lição 12 O governo de salomão
O Governo de Salomão
Para compreender as formas pelas quais o reino de Israel se expande e se consolida durante o reinado de Salomão (c.970 - 930 a.C.)2 faz-se necessário deixar de lado a visão que se tem desse rei como um homem bíblico e passar a vê-lo como um grande estadista.
Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou, esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Durante o tempo que governou, a paz no reino foi um tanto quanto aparente, bastava um pretexto para que se manifestassem as diferenças entre Israel e Judá e que os inimigos externos se manifestassem. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai. Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber através do porto de Aqabar.
Com a velhice de Davi, inicia-se a cobiça pelo trono. Adonias, filho mais velho, considerar-se o legítimo herdeiro, porém uma promessa feita por Deus a Davi (I Crônicas 22: 7 a 10) dizia que seu sucessor seria Salomão. Adonias, mesmo antes da morte de Davi, passa a comportar-se como o novo rei. Faz vários sacrifícios junto à pedra de Zoelet e prepara um grande banquete para o qual convida todos os homens importantes de Judá que serviam o rei e seus filhos. Adonias não convida Salomão e as pessoas a ele ligadas, o profeta Natã e Banaías. Este fato demonstra que provavelmente Adonias tinha conhecimento da promessa de Deus a Davi. Ao saber das intenções de Adonias em usurpar o trono, o profeta Natã chama Betsabéia - mãe de Salomão - e pede que esta comunique o que se passa ao rei. Quando Davi toma conhecimento da situação e vê que sua vontade está sendo desrespeitada, chama o profeta Natã e o sacerdote Sadoc e ordena que levem Salomão até a cidade de Gion. "Lá o sacerdote Sadoc e o profeta Natã o ungirão rei de Israel e vós tocareis a trombeta e gritareis: 'Viva o rei Salomão!' ". Estes homens cumprem as ordens de Davi e Salomão é ungido rei de Israel. Como nas monarquias orientais costumava-se garantir o trono eliminando os possíveis pretendentes à ele, a situação de Adonias frente a Salomão torna-se crítica. Por isso Adonias jura fidelidade a Salomão e promete que não atentaria contra a vida dele e vice-versa. Com a morte de Davi (c.970 a.C.) Salomão consolida-se como novo rei. Altar de pontas da época de Salomão encontrado em Meggido.
Apesar do acordo, Adonias não satisfeito com a situação, por ainda achar-se o legítimo sucessor do trono, trama contra Salomão. Adonias pede para Betsabéia que interceda a favor dele, concedendo-lhe como esposa Abisag, a sunamita, última esposa do rei Davi. Pelo direito oriental, quando ocorre a morte de um rei, sua esposa viúva passa para seu sucessor, assim Adonias desposando Abisag pretendia contestar a legitimidade de Salomão. Ao perceber as intenções no pedido feito por Adonias, Salomão ordena a Banaías que matasse os conspiradores. Assim, Adonias, Semei, Joab e Abiatar são executados (3). Com isso Salomão assegura e consolida sua presença no poder, designando pessoas de sua confiança para os cargos antes ocupados pelos conspiradores.
Para garantir a paz e expandir o reino, Salomão passa a usar, ao invés da guerra, a diplomacia e faz várias alianças com os países vizinhos. Uma dessas alianças ocorre provavelmente através do casamento com uma das filhas do faraó egípcio Psusene II (XXI dinastia de Tanis) (4). Nesta aliança Salomão ganhou como dote, a cidade de Guezer. O casamento era uma prática eficaz de política tanto externa como interna. Assim, o rei tomava suas mulheres das famílias mais poderosas do reino e das cortes vizinhas. Esta estratégia lucrativa politicamente trará no futuro problemas de ordem religiosa ao rei e a seu governo.
Para compreender as formas pelas quais o reino de Israel se expande e se consolida durante o reinado de Salomão (c.970 - 930 a.C.)2 faz-se necessário deixar de lado a visão que se tem desse rei como um homem bíblico e passar a vê-lo como um grande estadista.
Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou, esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Durante o tempo que governou, a paz no reino foi um tanto quanto aparente, bastava um pretexto para que se manifestassem as diferenças entre Israel e Judá e que os inimigos externos se manifestassem. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai. Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber através do porto de Aqabar.
Com a velhice de Davi, inicia-se a cobiça pelo trono. Adonias, filho mais velho, considerar-se o legítimo herdeiro, porém uma promessa feita por Deus a Davi (I Crônicas 22: 7 a 10) dizia que seu sucessor seria Salomão. Adonias, mesmo antes da morte de Davi, passa a comportar-se como o novo rei. Faz vários sacrifícios junto à pedra de Zoelet e prepara um grande banquete para o qual convida todos os homens importantes de Judá que serviam o rei e seus filhos. Adonias não convida Salomão e as pessoas a ele ligadas, o profeta Natã e Banaías. Este fato demonstra que provavelmente Adonias tinha conhecimento da promessa de Deus a Davi. Ao saber das intenções de Adonias em usurpar o trono, o profeta Natã chama Betsabéia - mãe de Salomão - e pede que esta comunique o que se passa ao rei. Quando Davi toma conhecimento da situação e vê que sua vontade está sendo desrespeitada, chama o profeta Natã e o sacerdote Sadoc e ordena que levem Salomão até a cidade de Gion. "Lá o sacerdote Sadoc e o profeta Natã o ungirão rei de Israel e vós tocareis a trombeta e gritareis: 'Viva o rei Salomão!' ". Estes homens cumprem as ordens de Davi e Salomão é ungido rei de Israel. Como nas monarquias orientais costumava-se garantir o trono eliminando os possíveis pretendentes à ele, a situação de Adonias frente a Salomão torna-se crítica. Por isso Adonias jura fidelidade a Salomão e promete que não atentaria contra a vida dele e vice-versa. Com a morte de Davi (c.970 a.C.) Salomão consolida-se como novo rei. Altar de pontas da época de Salomão encontrado em Meggido.
Apesar do acordo, Adonias não satisfeito com a situação, por ainda achar-se o legítimo sucessor do trono, trama contra Salomão. Adonias pede para Betsabéia que interceda a favor dele, concedendo-lhe como esposa Abisag, a sunamita, última esposa do rei Davi. Pelo direito oriental, quando ocorre a morte de um rei, sua esposa viúva passa para seu sucessor, assim Adonias desposando Abisag pretendia contestar a legitimidade de Salomão. Ao perceber as intenções no pedido feito por Adonias, Salomão ordena a Banaías que matasse os conspiradores. Assim, Adonias, Semei, Joab e Abiatar são executados (3). Com isso Salomão assegura e consolida sua presença no poder, designando pessoas de sua confiança para os cargos antes ocupados pelos conspiradores.
Para garantir a paz e expandir o reino, Salomão passa a usar, ao invés da guerra, a diplomacia e faz várias alianças com os países vizinhos. Uma dessas alianças ocorre provavelmente através do casamento com uma das filhas do faraó egípcio Psusene II (XXI dinastia de Tanis) (4). Nesta aliança Salomão ganhou como dote, a cidade de Guezer. O casamento era uma prática eficaz de política tanto externa como interna. Assim, o rei tomava suas mulheres das famílias mais poderosas do reino e das cortes vizinhas. Esta estratégia lucrativa politicamente trará no futuro problemas de ordem religiosa ao rei e a seu governo.
O Governo de Salomão
Para compreender as formas pelas quais o reino de Israel se expande e se consolida durante o reinado de Salomão (c.970 - 930 a.C.)2 faz-se necessário deixar de lado a visão que se tem desse rei como um homem bíblico e passar a vê-lo como um grande estadista.
Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou, esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Durante o tempo que governou, a paz no reino foi um tanto quanto aparente, bastava um pretexto para que se manifestassem as diferenças entre Israel e Judá e que os inimigos externos se manifestassem. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai. Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber através do porto de Aqabar.
Com a velhice de Davi, inicia-se a cobiça pelo trono. Adonias, filho mais velho, considerar-se o legítimo herdeiro, porém uma promessa feita por Deus a Davi (I Crônicas 22: 7 a 10) dizia que seu sucessor seria Salomão. Adonias, mesmo antes da morte de Davi, passa a comportar-se como o novo rei. Faz vários sacrifícios junto à pedra de Zoelet e prepara um grande banquete para o qual convida todos os homens importantes de Judá que serviam o rei e seus filhos. Adonias não convida Salomão e as pessoas a ele ligadas, o profeta Natã e Banaías. Este fato demonstra que provavelmente Adonias tinha conhecimento da promessa de Deus a Davi. Ao saber das intenções de Adonias em usurpar o trono, o profeta Natã chama Betsabéia - mãe de Salomão - e pede que esta comunique o que se passa ao rei. Quando Davi toma conhecimento da situação e vê que sua vontade está sendo desrespeitada, chama o profeta Natã e o sacerdote Sadoc e ordena que levem Salomão até a cidade de Gion. "Lá o sacerdote Sadoc e o profeta Natã o ungirão rei de Israel e vós tocareis a trombeta e gritareis: 'Viva o rei Salomão!' ". Estes homens cumprem as ordens de Davi e Salomão é ungido rei de Israel. Como nas monarquias orientais costumava-se garantir o trono eliminando os possíveis pretendentes à ele, a situação de Adonias frente a Salomão torna-se crítica. Por isso Adonias jura fidelidade a Salomão e promete que não atentaria contra a vida dele e vice-versa. Com a morte de Davi (c.970 a.C.) Salomão consolida-se como novo rei. Altar de pontas da época de Salomão encontrado em Meggido.
Apesar do acordo, Adonias não satisfeito com a situação, por ainda achar-se o legítimo sucessor do trono, trama contra Salomão. Adonias pede para Betsabéia que interceda a favor dele, concedendo-lhe como esposa Abisag, a sunamita, última esposa do rei Davi. Pelo direito oriental, quando ocorre a morte de um rei, sua esposa viúva passa para seu sucessor, assim Adonias desposando Abisag pretendia contestar a legitimidade de Salomão. Ao perceber as intenções no pedido feito por Adonias, Salomão ordena a Banaías que matasse os conspiradores. Assim, Adonias, Semei, Joab e Abiatar são executados (3). Com isso Salomão assegura e consolida sua presença no poder, designando pessoas de sua confiança para os cargos antes ocupados pelos conspiradores.
Para garantir a paz e expandir o reino, Salomão passa a usar, ao invés da guerra, a diplomacia e faz várias alianças com os países vizinhos. Uma dessas alianças ocorre provavelmente através do casamento com uma das filhas do faraó egípcio Psusene II (XXI dinastia de Tanis) (4). Nesta aliança Salomão ganhou como dote, a cidade de Guezer. O casamento era uma prática eficaz de política tanto externa como interna. Assim, o rei tomava suas mulheres das famílias mais poderosas do reino e das cortes vizinhas. Esta estratégia lucrativa politicamente trará no futuro problemas de ordem religiosa ao rei e a seu governo.
Para compreender as formas pelas quais o reino de Israel se expande e se consolida durante o reinado de Salomão (c.970 - 930 a.C.)2 faz-se necessário deixar de lado a visão que se tem desse rei como um homem bíblico e passar a vê-lo como um grande estadista.
Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou, esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Durante o tempo que governou, a paz no reino foi um tanto quanto aparente, bastava um pretexto para que se manifestassem as diferenças entre Israel e Judá e que os inimigos externos se manifestassem. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai. Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber através do porto de Aqabar.
Com a velhice de Davi, inicia-se a cobiça pelo trono. Adonias, filho mais velho, considerar-se o legítimo herdeiro, porém uma promessa feita por Deus a Davi (I Crônicas 22: 7 a 10) dizia que seu sucessor seria Salomão. Adonias, mesmo antes da morte de Davi, passa a comportar-se como o novo rei. Faz vários sacrifícios junto à pedra de Zoelet e prepara um grande banquete para o qual convida todos os homens importantes de Judá que serviam o rei e seus filhos. Adonias não convida Salomão e as pessoas a ele ligadas, o profeta Natã e Banaías. Este fato demonstra que provavelmente Adonias tinha conhecimento da promessa de Deus a Davi. Ao saber das intenções de Adonias em usurpar o trono, o profeta Natã chama Betsabéia - mãe de Salomão - e pede que esta comunique o que se passa ao rei. Quando Davi toma conhecimento da situação e vê que sua vontade está sendo desrespeitada, chama o profeta Natã e o sacerdote Sadoc e ordena que levem Salomão até a cidade de Gion. "Lá o sacerdote Sadoc e o profeta Natã o ungirão rei de Israel e vós tocareis a trombeta e gritareis: 'Viva o rei Salomão!' ". Estes homens cumprem as ordens de Davi e Salomão é ungido rei de Israel. Como nas monarquias orientais costumava-se garantir o trono eliminando os possíveis pretendentes à ele, a situação de Adonias frente a Salomão torna-se crítica. Por isso Adonias jura fidelidade a Salomão e promete que não atentaria contra a vida dele e vice-versa. Com a morte de Davi (c.970 a.C.) Salomão consolida-se como novo rei. Altar de pontas da época de Salomão encontrado em Meggido.
Apesar do acordo, Adonias não satisfeito com a situação, por ainda achar-se o legítimo sucessor do trono, trama contra Salomão. Adonias pede para Betsabéia que interceda a favor dele, concedendo-lhe como esposa Abisag, a sunamita, última esposa do rei Davi. Pelo direito oriental, quando ocorre a morte de um rei, sua esposa viúva passa para seu sucessor, assim Adonias desposando Abisag pretendia contestar a legitimidade de Salomão. Ao perceber as intenções no pedido feito por Adonias, Salomão ordena a Banaías que matasse os conspiradores. Assim, Adonias, Semei, Joab e Abiatar são executados (3). Com isso Salomão assegura e consolida sua presença no poder, designando pessoas de sua confiança para os cargos antes ocupados pelos conspiradores.
Para garantir a paz e expandir o reino, Salomão passa a usar, ao invés da guerra, a diplomacia e faz várias alianças com os países vizinhos. Uma dessas alianças ocorre provavelmente através do casamento com uma das filhas do faraó egípcio Psusene II (XXI dinastia de Tanis) (4). Nesta aliança Salomão ganhou como dote, a cidade de Guezer. O casamento era uma prática eficaz de política tanto externa como interna. Assim, o rei tomava suas mulheres das famílias mais poderosas do reino e das cortes vizinhas. Esta estratégia lucrativa politicamente trará no futuro problemas de ordem religiosa ao rei e a seu governo.
Lição12
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
DAVI E O SEU SUCESSOR
César Moisés Carvalho
Introdução
No capítulo 4 mencionei que o Senhor pode ser chamado de o “Deus das eleições soberanas”, pois elas não se baseiam nas supostas qualidades que possa ter a pessoa a quem Ele chama para fazer a sua obra. Isso, muitas vezes, traz um problema sério a ser discutido, pois deixa evidente que o Eterno escolhe a uns e rejeita a outros, quer admitamos isso quer não (Rm 9.10-21). Outro fato curioso, e que se percebe claramente em nosso meio, é que se prega a salvação do ponto de vista teológico arminiano; não obstante, quando se fala em chamada ministerial, desde a Bíblia até os nossos dias, é possível ver claramente uma perspectiva teológica “calvinista”, ou seja, não há possibilidade de o escolhido decidir — ele nasce “predestinado” a ser aquilo e ponto final (veja apenas dois exemplos: Jr 1.5 e At 9.15 e cf. 2 Sm 12.24).[1] Assim, se fôssemos pensar como os não-cristãos, seria até possível dizer que “por ironia do destino” o sucessor do trono de Davi era um dos seus filhos mais novos e tinha como pais, um casal adúltero (2 Sm 12.24). Convenhamos, para os nossos “padrões, critérios e requisitos”, não é um “bom histórico” ou “antecedente” para alguém que vai liderar o povo de Deus. No entanto, o Senhor assim o escolheu, antes de nascer (2 Sm 7.12-17). O autor do segundo livro que traz o nome de Samuel registra: “Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O Senhor o amou e enviou o profeta Natã com uma mensagem a Davi. E Natã deu ao menino o nome de Jedidias” (2 Sm 12.24,25 – NVI). Como a versão utilizada foi a NVI, os editores inseriram uma nota de rodapé para traduzir o nome dado pelo profeta ao sucessor de Davi: “Jedidias significa amado do Senhor”.[2] É fato curioso, para dizer o mínimo, que Deus tenha punido tão severamente o casal, tirando-lhes o filho do adultério (2 Sm 12.13-23), mas compensa-os, logo em seguida, dando-lhes outro, que será o sucessor de Davi (2 Sm 12.24,25 cf. 1 Cr 22.9,10). E isso baseado em quê? Claro que alguém alegará a onisciência e presciência de Deus, dizendo que todas as suas eleições se baseiam nas ações futuras da pessoa escolhida, as quais já são do conhecimento do Eterno. Não há dúvida de que isto é uma verdade, e fácil de entendermos, pois enquanto Abraão não sabia o que o esperava (Hb 11.8), nós vemos o quadro do plano divino em sua totalidade, com todos os seus contornos, pois temos as narrativas escriturísticas que são verdadeiros mapas, indicando o ponto em que cada um chegaria. Tais acontecimentos demonstram, felizmente, que na economia divina não existe acaso, e sim planejamento. Apesar de reconhecer o valor do reinado salomônico, esse texto se desenvolverá em outra perspectiva, visto que o autor redireciona (a partir do capítulo 7 do segundo livro que traz o nome de Samuel) a própria discussão fazendo com que a tônica se baseie totalmente na Aliança Davídica:
Os êxitos de Davi como rei são apresentados em 2 Samuel 5―9. Entre eles, estão as suas conquistas e a instituição de Jerusalém como nova capital. Isso foi completado com a chegada da arca da aliança trazida do exílio e restaurada à função original. Não é coincidência que esses fatos tenham sido seguidos pela aliança davídica, representante da constituição para a nova era. Assim, no capítulo 6 Davi restabeleceu o trono de Javé (i.e., a arca) e, no 7, Javé estabeleceu o trono de Davi.A aliança davídica era o cerne do propósito do narrador. Tudo na narrativa até esse ponto caminhava nessa direção. De agora em diante, tudo passa a ser compreendido à luz da aliança.[3]
Assim, não é a questão política e a sucessão imediata de Davi que formam o núcleo desse último texto, com o qual encerro a minha participação neste trabalho.[4] Minha atenção estará voltada totalmente para a escatologia judaica da qual a Aliança Davídica é um dos principais pilares. Se para a Igreja o arrebatamento marca o apogeu escatológico, para Israel, o cumprimento final da Aliança Davídica é o clímax, pois finalmente o Messias reinará e, de uma vez por todas, dará o território prometido a Abraão, Isaque e Jacó aos seus herdeiros legítimos.
A Aliança Davídica — O Reino que jamais Terá Fim
Walter Kaiser, em sua Teologia do Antigo Testamento, comenta que após “a promessa dada a Abraão, deve se classificar a palavra de bênção derramada sobre Davi”.[5] Em outras palavras, a ideia sugerida por Kaiser é que, em termos de reafirmação de aliança, este momento é mais um dos marcantes na vida do povo judeu. Como foi explicado no capítulo 4, toda a história está sob o domínio de Deus, mas à narrativa escriturística só interessa os kairoi que realmente evidenciam o agir específico de Deus em uma determinada situação. Assim, ao classificar a Aliança Davídica como a próxima a ser considerada depois da Aliança Abraâmica, não se trata de desprezo a tudo que ocorreu entre uma e outra, ou desconsideração quanto aos personagens que separam Abraão de Davi, mas de vislumbrar os pontos altos da história divina nas Escrituras Sagradas. Eugene Merril, utilizando o seu conhecimento contextual, faz uma consideração a respeito do assunto nos seguintes termos:
A promessa, geralmente descrita como a aliança davídica, é tecnicamente apresentada como uma concessão real, por meio da qual um soberano graciosamente concede uma bênção ou presente, usualmente na forma de um pedaço de terra ou a liberdade de alguém, a um vassalo. Essa concessão seria o resultado de uma atitude benéfica para com o rei, mas poderia simplesmente derivar do amor e generosidade do rei.[6] A última hipótese é, sem dúvida, a mais próxima do correto, pois a promessa do reinado eterno através de Davi tinha sido articulada antes de seu nascimento. Desde o início foi o propósito de Deus trazer sua soberania sobre seu povo (e sobre toda a terra) através de uma linhagem real que culminaria no próprio Filho de Deus. Davi conseguiu entender que a linhagem teria início com ele mesmo.[7]
Segundo Walton e Hill, três das principais indagações acerca dessa Aliança são: “1) O que o Senhor prometeu a Davi?; 2) A Aliança era condicional ou incondicional?; e 3) Que impacto ela teve sobre o restante da história israelita?”[8] Para a primeira pergunta, os autores dizem que Deus promete três coisas a Davi: fama, localização geográfica para Israel e segurança para tal território (2 Sm 7.9-11). Segundo eles, essas três bênçãos fazem um paralelo com a Aliança Abraâmica (Gn 12.2,3), e “mostra a subordinação desta à aliança do patriarca”. Entretanto, acrescentam que um “distanciamento da aliança abraâmica começa em 2 Samuel 7.12”. Ali, a mensagem contém a promessa de que o sucessor de Davi sentaria no trono, mas não apenas isso, “este sucessor também teria a oportunidade de estender os termos da aliança a seu sucessor e assim por diante”, e esse fato é algo totalmente novo e distinto para a Aliança Abraâmica. Quanto à segunda questão, os autores defendem que “Davi recebeu a promessa incondicional de que seu filho o sucederia e serviria todo o mandato; mas os termos, além disso, dependiam da conduta do filho. Existia o potencial para a continuidade ilimitada. Não havia, todavia, condições impostas a Davi porque ele já as cumprira”. Ainda desenvolvendo um raciocínio sobre esta questão, os autores afirmam que “as promessas feitas a Davi eram incondicionais. No entanto, [...], a aliança estava sujeita à renovação periódica — deve haver critérios pelos quais decidir se ela seria renovada para a geração seguinte”. Por último, é autoevidente o impacto que tal aliança causou no pensamento judaico, pois, como os autores dizem (e já foi citado no início do ponto anterior), a “esperança de que um dia um rei davídico viria, satisfaria as condições e traria a restauração da aliança davídica total era a base da teologia messiânica vista nos profetas”.[9]
A questão de a promessa ser ou não incondicional também é abordada por Kaiser que fala sobre o paralelo com a Aliança Abraâmica, e discute sobre a possibilidade de seu não-cumprimento, dizendo que ainda ecoa “o argumento em prol da condicionalidade. Esta aliança não poderia ser quebrada (pāra)? Realmente, embora a aliança com Abraão também fosse ‘perpétua’ (Gn 17:7; 13, 19), o homem não circuncidado ‘quebrou-a’ (v. 14). Mesmo a ‘aliança eterna’ posterior seria quebrada pelos habitantes da terra (Is 24:5), e o Israel adúltero desprezou o ‘juramento’ de Deus (a aliança) a ponto de ‘invalidar (lehāpēr) a aliança’ eterna (Ez 16:59, 63)”. A grande dúvida é: Inexoravelmente terá que se cumprir ou não?
A solução destes casos de aparentes quebras, frustrações, e invalidações da aliança era a mesma que se aplicava às cláusulas “se” que deram tanta preocupação a Tsevat e outros: “Se os teus filhos guardarem a minha aliança e o testemunho que eu lhe ensinar, também os seus filhos se assentarão para sempre no teu trono” (Sl 132:12; cf. 2 Sm 7:14b-15; 1 Rs 2:4; 8:25; 9:4-5; Sl 89:30-33). A “quebra” ou condicionalidade apenas pode se referir à invalidação pessoal e individual dos benefícios da aliança, mas não pode afetar a transmissão da promessa aos descendentes na linhagem. É por isso que Deus podia incondicionalmente afirmar Sua fidelidade e a eternidade da aliança ao falar a Davi, a despeito dos homens desprezíveis que haveriam de surgir no meio da linhagem deste. Neste caso, pois, Ele acha tais pessoas em falta, mas não acha falta com Sua aliança abraâmico-davídico-nova (cf. Jr 31:32; Hb 8.8).[10]
Finalizando este ponto, é possível dizer que a Aliança Davídica “revela o plano eterno de Deus para seu povo, a nação de Israel”. Seu cumprimento será “no futuro, quando o Senhor vier à terra e sentar-se ‘no trono da sua glória’ (Mt 25.31). Como Rei, Ele chamará todos os benditos de seu Pai e dirá: ‘possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo’ (Mt 25.34). Esse maravilhoso “reino durará mil anos, mas prosseguirá pela eternidade. Visto que o ‘trono’, a ‘casa’ e o ‘reino’ foram prometidos a Davi, a partir do trono de Davi, jamais terá fim”. Assim, a conclusão é que a “aliança davídica é, portanto, de vital importância na compreensão dos acontecimentos futuros”. O mesmo autor, na importante obra Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, elenca alguns questionamentos interessantes: “Existirá um reino literal sobre a terra? Esse reino é a Igreja? A Igreja substitui a nação de Israel? Cristo é um Messias voltado especificamente para Israel, ou apenas é o líder da Igreja de forma geral? Israel será reunido e restaurado e Davi reinará juntamente com Jesus Cristo?”[11] O profeta Isaías informa-nos no capítulo 9 versículos 6 e 7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.
DAVI E O SEU SUCESSOR
César Moisés Carvalho
Introdução
No capítulo 4 mencionei que o Senhor pode ser chamado de o “Deus das eleições soberanas”, pois elas não se baseiam nas supostas qualidades que possa ter a pessoa a quem Ele chama para fazer a sua obra. Isso, muitas vezes, traz um problema sério a ser discutido, pois deixa evidente que o Eterno escolhe a uns e rejeita a outros, quer admitamos isso quer não (Rm 9.10-21). Outro fato curioso, e que se percebe claramente em nosso meio, é que se prega a salvação do ponto de vista teológico arminiano; não obstante, quando se fala em chamada ministerial, desde a Bíblia até os nossos dias, é possível ver claramente uma perspectiva teológica “calvinista”, ou seja, não há possibilidade de o escolhido decidir — ele nasce “predestinado” a ser aquilo e ponto final (veja apenas dois exemplos: Jr 1.5 e At 9.15 e cf. 2 Sm 12.24).[1] Assim, se fôssemos pensar como os não-cristãos, seria até possível dizer que “por ironia do destino” o sucessor do trono de Davi era um dos seus filhos mais novos e tinha como pais, um casal adúltero (2 Sm 12.24). Convenhamos, para os nossos “padrões, critérios e requisitos”, não é um “bom histórico” ou “antecedente” para alguém que vai liderar o povo de Deus. No entanto, o Senhor assim o escolheu, antes de nascer (2 Sm 7.12-17). O autor do segundo livro que traz o nome de Samuel registra: “Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O Senhor o amou e enviou o profeta Natã com uma mensagem a Davi. E Natã deu ao menino o nome de Jedidias” (2 Sm 12.24,25 – NVI). Como a versão utilizada foi a NVI, os editores inseriram uma nota de rodapé para traduzir o nome dado pelo profeta ao sucessor de Davi: “Jedidias significa amado do Senhor”.[2] É fato curioso, para dizer o mínimo, que Deus tenha punido tão severamente o casal, tirando-lhes o filho do adultério (2 Sm 12.13-23), mas compensa-os, logo em seguida, dando-lhes outro, que será o sucessor de Davi (2 Sm 12.24,25 cf. 1 Cr 22.9,10). E isso baseado em quê? Claro que alguém alegará a onisciência e presciência de Deus, dizendo que todas as suas eleições se baseiam nas ações futuras da pessoa escolhida, as quais já são do conhecimento do Eterno. Não há dúvida de que isto é uma verdade, e fácil de entendermos, pois enquanto Abraão não sabia o que o esperava (Hb 11.8), nós vemos o quadro do plano divino em sua totalidade, com todos os seus contornos, pois temos as narrativas escriturísticas que são verdadeiros mapas, indicando o ponto em que cada um chegaria. Tais acontecimentos demonstram, felizmente, que na economia divina não existe acaso, e sim planejamento. Apesar de reconhecer o valor do reinado salomônico, esse texto se desenvolverá em outra perspectiva, visto que o autor redireciona (a partir do capítulo 7 do segundo livro que traz o nome de Samuel) a própria discussão fazendo com que a tônica se baseie totalmente na Aliança Davídica:
Os êxitos de Davi como rei são apresentados em 2 Samuel 5―9. Entre eles, estão as suas conquistas e a instituição de Jerusalém como nova capital. Isso foi completado com a chegada da arca da aliança trazida do exílio e restaurada à função original. Não é coincidência que esses fatos tenham sido seguidos pela aliança davídica, representante da constituição para a nova era. Assim, no capítulo 6 Davi restabeleceu o trono de Javé (i.e., a arca) e, no 7, Javé estabeleceu o trono de Davi.A aliança davídica era o cerne do propósito do narrador. Tudo na narrativa até esse ponto caminhava nessa direção. De agora em diante, tudo passa a ser compreendido à luz da aliança.[3]
Assim, não é a questão política e a sucessão imediata de Davi que formam o núcleo desse último texto, com o qual encerro a minha participação neste trabalho.[4] Minha atenção estará voltada totalmente para a escatologia judaica da qual a Aliança Davídica é um dos principais pilares. Se para a Igreja o arrebatamento marca o apogeu escatológico, para Israel, o cumprimento final da Aliança Davídica é o clímax, pois finalmente o Messias reinará e, de uma vez por todas, dará o território prometido a Abraão, Isaque e Jacó aos seus herdeiros legítimos.
A Aliança Davídica — O Reino que jamais Terá Fim
Walter Kaiser, em sua Teologia do Antigo Testamento, comenta que após “a promessa dada a Abraão, deve se classificar a palavra de bênção derramada sobre Davi”.[5] Em outras palavras, a ideia sugerida por Kaiser é que, em termos de reafirmação de aliança, este momento é mais um dos marcantes na vida do povo judeu. Como foi explicado no capítulo 4, toda a história está sob o domínio de Deus, mas à narrativa escriturística só interessa os kairoi que realmente evidenciam o agir específico de Deus em uma determinada situação. Assim, ao classificar a Aliança Davídica como a próxima a ser considerada depois da Aliança Abraâmica, não se trata de desprezo a tudo que ocorreu entre uma e outra, ou desconsideração quanto aos personagens que separam Abraão de Davi, mas de vislumbrar os pontos altos da história divina nas Escrituras Sagradas. Eugene Merril, utilizando o seu conhecimento contextual, faz uma consideração a respeito do assunto nos seguintes termos:
A promessa, geralmente descrita como a aliança davídica, é tecnicamente apresentada como uma concessão real, por meio da qual um soberano graciosamente concede uma bênção ou presente, usualmente na forma de um pedaço de terra ou a liberdade de alguém, a um vassalo. Essa concessão seria o resultado de uma atitude benéfica para com o rei, mas poderia simplesmente derivar do amor e generosidade do rei.[6] A última hipótese é, sem dúvida, a mais próxima do correto, pois a promessa do reinado eterno através de Davi tinha sido articulada antes de seu nascimento. Desde o início foi o propósito de Deus trazer sua soberania sobre seu povo (e sobre toda a terra) através de uma linhagem real que culminaria no próprio Filho de Deus. Davi conseguiu entender que a linhagem teria início com ele mesmo.[7]
Segundo Walton e Hill, três das principais indagações acerca dessa Aliança são: “1) O que o Senhor prometeu a Davi?; 2) A Aliança era condicional ou incondicional?; e 3) Que impacto ela teve sobre o restante da história israelita?”[8] Para a primeira pergunta, os autores dizem que Deus promete três coisas a Davi: fama, localização geográfica para Israel e segurança para tal território (2 Sm 7.9-11). Segundo eles, essas três bênçãos fazem um paralelo com a Aliança Abraâmica (Gn 12.2,3), e “mostra a subordinação desta à aliança do patriarca”. Entretanto, acrescentam que um “distanciamento da aliança abraâmica começa em 2 Samuel 7.12”. Ali, a mensagem contém a promessa de que o sucessor de Davi sentaria no trono, mas não apenas isso, “este sucessor também teria a oportunidade de estender os termos da aliança a seu sucessor e assim por diante”, e esse fato é algo totalmente novo e distinto para a Aliança Abraâmica. Quanto à segunda questão, os autores defendem que “Davi recebeu a promessa incondicional de que seu filho o sucederia e serviria todo o mandato; mas os termos, além disso, dependiam da conduta do filho. Existia o potencial para a continuidade ilimitada. Não havia, todavia, condições impostas a Davi porque ele já as cumprira”. Ainda desenvolvendo um raciocínio sobre esta questão, os autores afirmam que “as promessas feitas a Davi eram incondicionais. No entanto, [...], a aliança estava sujeita à renovação periódica — deve haver critérios pelos quais decidir se ela seria renovada para a geração seguinte”. Por último, é autoevidente o impacto que tal aliança causou no pensamento judaico, pois, como os autores dizem (e já foi citado no início do ponto anterior), a “esperança de que um dia um rei davídico viria, satisfaria as condições e traria a restauração da aliança davídica total era a base da teologia messiânica vista nos profetas”.[9]
A questão de a promessa ser ou não incondicional também é abordada por Kaiser que fala sobre o paralelo com a Aliança Abraâmica, e discute sobre a possibilidade de seu não-cumprimento, dizendo que ainda ecoa “o argumento em prol da condicionalidade. Esta aliança não poderia ser quebrada (pāra)? Realmente, embora a aliança com Abraão também fosse ‘perpétua’ (Gn 17:7; 13, 19), o homem não circuncidado ‘quebrou-a’ (v. 14). Mesmo a ‘aliança eterna’ posterior seria quebrada pelos habitantes da terra (Is 24:5), e o Israel adúltero desprezou o ‘juramento’ de Deus (a aliança) a ponto de ‘invalidar (lehāpēr) a aliança’ eterna (Ez 16:59, 63)”. A grande dúvida é: Inexoravelmente terá que se cumprir ou não?
A solução destes casos de aparentes quebras, frustrações, e invalidações da aliança era a mesma que se aplicava às cláusulas “se” que deram tanta preocupação a Tsevat e outros: “Se os teus filhos guardarem a minha aliança e o testemunho que eu lhe ensinar, também os seus filhos se assentarão para sempre no teu trono” (Sl 132:12; cf. 2 Sm 7:14b-15; 1 Rs 2:4; 8:25; 9:4-5; Sl 89:30-33). A “quebra” ou condicionalidade apenas pode se referir à invalidação pessoal e individual dos benefícios da aliança, mas não pode afetar a transmissão da promessa aos descendentes na linhagem. É por isso que Deus podia incondicionalmente afirmar Sua fidelidade e a eternidade da aliança ao falar a Davi, a despeito dos homens desprezíveis que haveriam de surgir no meio da linhagem deste. Neste caso, pois, Ele acha tais pessoas em falta, mas não acha falta com Sua aliança abraâmico-davídico-nova (cf. Jr 31:32; Hb 8.8).[10]
Finalizando este ponto, é possível dizer que a Aliança Davídica “revela o plano eterno de Deus para seu povo, a nação de Israel”. Seu cumprimento será “no futuro, quando o Senhor vier à terra e sentar-se ‘no trono da sua glória’ (Mt 25.31). Como Rei, Ele chamará todos os benditos de seu Pai e dirá: ‘possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo’ (Mt 25.34). Esse maravilhoso “reino durará mil anos, mas prosseguirá pela eternidade. Visto que o ‘trono’, a ‘casa’ e o ‘reino’ foram prometidos a Davi, a partir do trono de Davi, jamais terá fim”. Assim, a conclusão é que a “aliança davídica é, portanto, de vital importância na compreensão dos acontecimentos futuros”. O mesmo autor, na importante obra Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, elenca alguns questionamentos interessantes: “Existirá um reino literal sobre a terra? Esse reino é a Igreja? A Igreja substitui a nação de Israel? Cristo é um Messias voltado especificamente para Israel, ou apenas é o líder da Igreja de forma geral? Israel será reunido e restaurado e Davi reinará juntamente com Jesus Cristo?”[11] O profeta Isaías informa-nos no capítulo 9 versículos 6 e 7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.
lIÇão 12
Davi e o seu Sucessor - Pr. Geraldo Carneiro Filho
Publicado em 14 de Dezembro de 2009 as 09:16:22 AM Comente
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA - NITERÓI - RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 12 - DIA 20/12/2009
TÍTULO: “DAVI E O SEU SUCESSOR”
TEXTO ÁUREO - I Cr 22:9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 28:4-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br
I - INTRODUÇÃO:
Devemos nos preocupar com quem vai nos substituir na obra de Deus. Porém, tenhamos paciência, pois no devido tempo, o Senhor indicará o sucessor certo. Deixemos, pois, O Todo-Poderoso fazer a escolha e determinar o eventual substituto, posto que somente Ele tem poder de transformar um homem num verdadeiro líder (At 13:1-3).
II - QUANDO DEUS ESCOLHE O SUCESSOR, A VITÓRIA É GARANTIDA:
I Cr 22:5-19 - Anos antes, o Senhor havia revelado a Davi que Salomão seria o próximo rei de Israel;
Davi transmitiu essa revelação para Bate-Seba e também para o povo - (I Rs 1:13, 17); (I Cr 28:4-10; 29:1);
No entanto, Adonias reivindicou seus direitos ao trono de Israel, encabeçando duas rebeliões: uma antes e outra depois da morte de Davi. Em ambas, contou com o apoio de Joabe (general do exército) e do sumo-sacerdote Abiatar - I Rs 1:5-7; I Rs 2:10-22;
Quando Deus escolhe o sucessor, nem “general”, nem “sumo -sacerdote” poderão arrancar a bênção daquele que for o escolhido do Senhor para a substituição. Se não, vejamos:
(A) - Adonias morreu (I Rs 2:23-24) - Não tentemos, via rebelião, assumirmos cargo de liderança;
(B) - Abiatar foi deposto (cumpriu-se a sentença de Deus proferida por Samuel) - (I Rs 2:26-27); (I Sm 2:31-35) - Não tentemos “abençoar” àqueles que buscam cargos de liderança por meio de rebelião e sem terem serem indicados por Deus!
(C) - Joabe também morreu - I Rs 2:28-35 - As pontas do altar eram lugares de refúgio para o fugitivo que procurava salvar a vida das mãos dos seus perseguidores. Porém, de acordo com a Lei, somente OS HOMICIDAS INVOLUNTÁRIOS tinham direito de buscar asilo naquele lugar sagrado - Ex 21:12-14.
Este não foi o caso de Joabe! Quando era tempo de paz, cometeu um duplo assassinato: O de Abner e o de Amasa - I Rs 2:28; II Sm 3:26-30; 20:9-10.
Mas a verdadeira razão que determinou a morte de Joabe foi o seu apoio à rebelião de Adonias - I Rs 2:22.
Joabe, o general do exército de Israel, não pode contra o Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel!
O sumo-sacerdote Abiatar não conseguiu amaldiçoar o que Deus abençoou! - (I Sm 17:45 ); (Nm 23:8, 19-20, 23; 24:9 b).
Todos estes acontecimentos foram manifestações da graça divina e da fidelidade à aliança feita com Davi e seus descendentes; Salomão era o herdeiro dessa dádiva - II Sm 4:1-17.
Com temor e tremor leiamos Is 14:24, 27 e Is 66:1-2.
III - AS APARIÇÕES DE DEUS A SALOMÃO:
(A) - PRIMEIRA APARIÇÃO - Foi em sonhos. Deus solicitou o pedido; Salomão pediu um coração compreensivo - I Rs 3:5, 9.
(A.1) - A resposta de Deus foi aprovadora: Concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais.
(A.2) - Entretanto, uma condição foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares… e guardares… - I Rs 3:10-14.
(B) - SEGUNDA APARIÇÃO - Veio após a dedicação do Templo - I Rs 9:1 - A bênção do Senhor permaneceu e é prometida como resultado da obediência e do culto fiel - I Rs 9:3-5;
(B.1) - Porém, ainda desta vez, a mensagem do Todo-Poderoso compõe-se de advertências de juízo sobre o povo e o templo: “se não seguissem a Deus de todo coração” - I Rs 9:6-9;
(C) - TERCEIRA APARIÇÃO - Veio como um julgamento por seus pecados. O reino seria dividido e tirado do controle da dinastia de Davi - I Rs 11:11-13;
(C.1) - ponto principal nesta terceira aparição constitui-se de divisão e perda. A partir de então, o império salomônico começou a desaparecer - I Rs 11:14-42.
IV - SABEDORIA VERSUS IDOLATRIA:
Salomão foi sucessor de Davi no trono de Israel com a idade de 20 anos, deixando enorme legado, fruto da sabedoria doada por Deus:
(A) - Construiu a casa do Senhor - I Rs 3:1;
(B) - Amou a Deus, andando como Davi, seu pai - I Rs 3:3;
(C) - Ofereceu muitos sacrifícios ao Senhor - I Rs 3:4;
(D) - Foi humilde em sua petição, pedindo um coração compreensivo - I Rs 3:9;
(E) - Sua sabedoria foi a maior de todas, com grande discernimento judicial - I Rs 3:12, 16-28;
(F) - Sua riqueza foi incontável - I Rs 3:13;
(G) - Foi profundamente grato - I Rs 3:25;
(H) - Organizou o reino - I Rs 4:7-19;
(I) - Estabeleceu grande força armada - I Rs 4:24-28;
(J) - Foi superior aos sábios - I Rs 4:29-31;
(K) - Proferiu provérbios e discursos - I Rs 4:32-34;
(L) - Desenvolveu grandes projetos de construções, destacando-se o Templo e a Casa da Floresta do Líbano (palácio de Salomão), que demoraram 23 anos para serem edificados - I Rs caps. 5 e 6;
(M) - Orou, dedicando o templo ao Senhor - I Rs 8:22-53;
NO ENTANTO, ALGO LEVOU SALOMÃO A SE TORNAR IDÓLATRA, ATRAINDO O JUÍZO DE DEUS PARA SUA CASA:
(A) - A insensatez de Salomão vista em sua vida luxuosa - I Rs 4:22-23; 10:21-23 - Embora os líderes de Deus não devam ser ascetas, nem por isso devemos nos entregar aos excessos do luxo - I Tm 6:10.
(B) - Seu casamento com mulheres pagãs estrangeiras e sua excessiva sensualidade - I Rs 11:1-3; Ne 13:23, 26 - Tenhamos cuidado! Satanás ataca os líderes em três pontos principais: sexo, dinheiro e poder.
(C) - Sua opressão ao povo - I Rs 12:4 - A fim de manter sua magnificente corte, Salomão taxou pesadamente o povo. Isto foi um fator de insatisfação, em face das dificuldades financeiras que o povo comum precisava enfrentar - Tg 5:4.
(D) - Sua sanção à idolatria - I Rs 11:4-8 - Talvez esse seja o aspecto mais trágico e incompreensível do desvio de Salomão. Um homem que teve o privilégio de receber visitações divinas terminou a vida como fomentador das práticas idólatras.
Desta forma, O CONSTRUTOR DO TEMPLO DO SENHOR TERMINOU SENDO CONSTRUTOR DE TEMPLOS PAGÃOS, DEDICADOS A VÁRIOS DEUSES!
(1) - ASTAROTE (plural de Astarte) - Deusa dos sidônios (Jz 2:13; 10:6; I Sm 7:3). - O culto a essa falsa deusa do amor incluía sacrifícios de animais, prostituição (masculina e feminina), práticas homoafetivas como parte do culto e sacrifícios humanos.
(2) - MOLOQUE - Também conhecido como MILCOM; MALCAN; e MOLEQUE - Uma divindade dos amonitas adorada com sacrifícios humanos - Lv 18:21; I Rs 11:5, 33; II Rs 23:10; Jr 32:35; Am 5:26; At 7:43 - Este deus exigia sacrifício de crianças;
(3) - CAMOS ou QUEMOS - Nome ou título do deus dos moabitas (Nm 21:29; Jr 48:46); era adorado por meio do sacrifício de crianças (II Rs 3:27); foi destruído por Josias (II Rs 23:13-14).
MOLOQUE e QUEMOS eram os deuses de Amom e Moabe, cujas nações foram formadas com os descendentes de Ló, que cometeu incesto com as suas duas filhas;
Vários autores sagrados aludem que, atualmente, esses deuses estão ligados ao lar, separando casais, matando crianças e levando à prática de incesto.
Diante de tais considerações, extraiamos algumas lições para nossa meditação:
(1) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO PERMANECEU FIEL A DEUS - I Rs 3:5-14 - Por ser humilde e não pensar primeiramente em si mesmo, Deus não só atendeu o pedido de Salomão, mas deu-lhe também riquezas, fama e notoriedade - I Rs 4:34.
(1.1) - O que se esperaria de alguém com todas estas bênçãos?: NO MÍNIMO, FIDELIDADE.
(1.2) - Mas a verdade é que as pessoas se envolvem em laços; e, nem sempre ser sábio nos isenta de cairmos neles, pois a sabedoria deve ser prática e não teórica. Salomão não ouviu a voz da sabedoria; antes, deixou-se levar pela idolatria - I Rs 3:5-8
(2) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE LIVROU DOS PERIGOS COM ENVOLVIMENTOS ERRADOS:
(2.1) - Deixou-se envolver pela fama da sua sabedoria e competência, esquecendo-se que tudo o que possuía vinha de Deus - I Rs 10:1, 7-9 ;
(2.2) - Deixou-se envolver pelos prazeres que o levaram à adoração dos deuses estranhos - I Rs 11:4;
(2.3) - Deixou-se envolver por interesses políticos, a fim de fazer negócios e agradar às suas mulheres estrangeiras - I Rs 11:1-2 comparar com Pv 2:16-19;
(2.4) - Deixou-se envolver por si mesmo, achando que depois de tudo o que havia conquistado, não precisaria mais de Deus; era autosuficiente - I Rs 11:6 comparar com Pv 3:5-8.
(3) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE AFASTOU DA IDOLATRIA - A idolatria cega o entendimento e geralmente é conseqüência das seguintes atitudes:
(3.1) - Esquecer que Deus nos ama - Salomão se esqueceu do amor de Deus e isto o afastou do Senhor - II Sm 12:24-25;
(3.2) - Esquecer de quem somos e o que Deus fez por nós - I Rs 3:6-10.
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Nm 27:12-23 - Ao saber que sua morte estava próxima, Moisés se preocupou com quem haveria de sucedê-lo e orou ao Senhor para que lhe indicasse seu substituto. Meditemos em alguns pontos:
(1) - Moisés pensou e se preocupou com o seu sucessor (o que muitos líderes hoje não fazem);
(2) - Moisés não cogitou nomes para a sucessão: um amigo, um parente, sua esposa ou até mesmo um de seus filhos;
(3) - Tampouco Moisés mencionou o nome de Josué, que tantas provas demonstrou de sua liderança e capacidade;
(4) - Moisés simplesmente orou ao Senhor e deixou que Ele tomasse esta iniciativa.
Que todos nós aprendamos esta bela lição e, acima de tudo, ponhamo-la em prática nas nossas vidas ministerial e de liderança, para glória de Deus! Amém.
FONTES DE CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre de 1996 - Comentarista: Valdir Bícego
Mil Esboços Bíblicos - Editora Evangélica Esperança - Georg Brinke
A Bíblia Vida Nova - Edições Vida Nova
70 Esboços de A a Z - Editora Pró Logos - Caio Fábio
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora e Distribuidora Candeia - R. N. Champlin e J. M. Bentes
Publicado no blog Escola Bíblica Dominical para Todos
Publicado em 14 de Dezembro de 2009 as 09:16:22 AM Comente
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA - NITERÓI - RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 12 - DIA 20/12/2009
TÍTULO: “DAVI E O SEU SUCESSOR”
TEXTO ÁUREO - I Cr 22:9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 28:4-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br
I - INTRODUÇÃO:
Devemos nos preocupar com quem vai nos substituir na obra de Deus. Porém, tenhamos paciência, pois no devido tempo, o Senhor indicará o sucessor certo. Deixemos, pois, O Todo-Poderoso fazer a escolha e determinar o eventual substituto, posto que somente Ele tem poder de transformar um homem num verdadeiro líder (At 13:1-3).
II - QUANDO DEUS ESCOLHE O SUCESSOR, A VITÓRIA É GARANTIDA:
I Cr 22:5-19 - Anos antes, o Senhor havia revelado a Davi que Salomão seria o próximo rei de Israel;
Davi transmitiu essa revelação para Bate-Seba e também para o povo - (I Rs 1:13, 17); (I Cr 28:4-10; 29:1);
No entanto, Adonias reivindicou seus direitos ao trono de Israel, encabeçando duas rebeliões: uma antes e outra depois da morte de Davi. Em ambas, contou com o apoio de Joabe (general do exército) e do sumo-sacerdote Abiatar - I Rs 1:5-7; I Rs 2:10-22;
Quando Deus escolhe o sucessor, nem “general”, nem “sumo -sacerdote” poderão arrancar a bênção daquele que for o escolhido do Senhor para a substituição. Se não, vejamos:
(A) - Adonias morreu (I Rs 2:23-24) - Não tentemos, via rebelião, assumirmos cargo de liderança;
(B) - Abiatar foi deposto (cumpriu-se a sentença de Deus proferida por Samuel) - (I Rs 2:26-27); (I Sm 2:31-35) - Não tentemos “abençoar” àqueles que buscam cargos de liderança por meio de rebelião e sem terem serem indicados por Deus!
(C) - Joabe também morreu - I Rs 2:28-35 - As pontas do altar eram lugares de refúgio para o fugitivo que procurava salvar a vida das mãos dos seus perseguidores. Porém, de acordo com a Lei, somente OS HOMICIDAS INVOLUNTÁRIOS tinham direito de buscar asilo naquele lugar sagrado - Ex 21:12-14.
Este não foi o caso de Joabe! Quando era tempo de paz, cometeu um duplo assassinato: O de Abner e o de Amasa - I Rs 2:28; II Sm 3:26-30; 20:9-10.
Mas a verdadeira razão que determinou a morte de Joabe foi o seu apoio à rebelião de Adonias - I Rs 2:22.
Joabe, o general do exército de Israel, não pode contra o Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel!
O sumo-sacerdote Abiatar não conseguiu amaldiçoar o que Deus abençoou! - (I Sm 17:45 ); (Nm 23:8, 19-20, 23; 24:9 b).
Todos estes acontecimentos foram manifestações da graça divina e da fidelidade à aliança feita com Davi e seus descendentes; Salomão era o herdeiro dessa dádiva - II Sm 4:1-17.
Com temor e tremor leiamos Is 14:24, 27 e Is 66:1-2.
III - AS APARIÇÕES DE DEUS A SALOMÃO:
(A) - PRIMEIRA APARIÇÃO - Foi em sonhos. Deus solicitou o pedido; Salomão pediu um coração compreensivo - I Rs 3:5, 9.
(A.1) - A resposta de Deus foi aprovadora: Concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais.
(A.2) - Entretanto, uma condição foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares… e guardares… - I Rs 3:10-14.
(B) - SEGUNDA APARIÇÃO - Veio após a dedicação do Templo - I Rs 9:1 - A bênção do Senhor permaneceu e é prometida como resultado da obediência e do culto fiel - I Rs 9:3-5;
(B.1) - Porém, ainda desta vez, a mensagem do Todo-Poderoso compõe-se de advertências de juízo sobre o povo e o templo: “se não seguissem a Deus de todo coração” - I Rs 9:6-9;
(C) - TERCEIRA APARIÇÃO - Veio como um julgamento por seus pecados. O reino seria dividido e tirado do controle da dinastia de Davi - I Rs 11:11-13;
(C.1) - ponto principal nesta terceira aparição constitui-se de divisão e perda. A partir de então, o império salomônico começou a desaparecer - I Rs 11:14-42.
IV - SABEDORIA VERSUS IDOLATRIA:
Salomão foi sucessor de Davi no trono de Israel com a idade de 20 anos, deixando enorme legado, fruto da sabedoria doada por Deus:
(A) - Construiu a casa do Senhor - I Rs 3:1;
(B) - Amou a Deus, andando como Davi, seu pai - I Rs 3:3;
(C) - Ofereceu muitos sacrifícios ao Senhor - I Rs 3:4;
(D) - Foi humilde em sua petição, pedindo um coração compreensivo - I Rs 3:9;
(E) - Sua sabedoria foi a maior de todas, com grande discernimento judicial - I Rs 3:12, 16-28;
(F) - Sua riqueza foi incontável - I Rs 3:13;
(G) - Foi profundamente grato - I Rs 3:25;
(H) - Organizou o reino - I Rs 4:7-19;
(I) - Estabeleceu grande força armada - I Rs 4:24-28;
(J) - Foi superior aos sábios - I Rs 4:29-31;
(K) - Proferiu provérbios e discursos - I Rs 4:32-34;
(L) - Desenvolveu grandes projetos de construções, destacando-se o Templo e a Casa da Floresta do Líbano (palácio de Salomão), que demoraram 23 anos para serem edificados - I Rs caps. 5 e 6;
(M) - Orou, dedicando o templo ao Senhor - I Rs 8:22-53;
NO ENTANTO, ALGO LEVOU SALOMÃO A SE TORNAR IDÓLATRA, ATRAINDO O JUÍZO DE DEUS PARA SUA CASA:
(A) - A insensatez de Salomão vista em sua vida luxuosa - I Rs 4:22-23; 10:21-23 - Embora os líderes de Deus não devam ser ascetas, nem por isso devemos nos entregar aos excessos do luxo - I Tm 6:10.
(B) - Seu casamento com mulheres pagãs estrangeiras e sua excessiva sensualidade - I Rs 11:1-3; Ne 13:23, 26 - Tenhamos cuidado! Satanás ataca os líderes em três pontos principais: sexo, dinheiro e poder.
(C) - Sua opressão ao povo - I Rs 12:4 - A fim de manter sua magnificente corte, Salomão taxou pesadamente o povo. Isto foi um fator de insatisfação, em face das dificuldades financeiras que o povo comum precisava enfrentar - Tg 5:4.
(D) - Sua sanção à idolatria - I Rs 11:4-8 - Talvez esse seja o aspecto mais trágico e incompreensível do desvio de Salomão. Um homem que teve o privilégio de receber visitações divinas terminou a vida como fomentador das práticas idólatras.
Desta forma, O CONSTRUTOR DO TEMPLO DO SENHOR TERMINOU SENDO CONSTRUTOR DE TEMPLOS PAGÃOS, DEDICADOS A VÁRIOS DEUSES!
(1) - ASTAROTE (plural de Astarte) - Deusa dos sidônios (Jz 2:13; 10:6; I Sm 7:3). - O culto a essa falsa deusa do amor incluía sacrifícios de animais, prostituição (masculina e feminina), práticas homoafetivas como parte do culto e sacrifícios humanos.
(2) - MOLOQUE - Também conhecido como MILCOM; MALCAN; e MOLEQUE - Uma divindade dos amonitas adorada com sacrifícios humanos - Lv 18:21; I Rs 11:5, 33; II Rs 23:10; Jr 32:35; Am 5:26; At 7:43 - Este deus exigia sacrifício de crianças;
(3) - CAMOS ou QUEMOS - Nome ou título do deus dos moabitas (Nm 21:29; Jr 48:46); era adorado por meio do sacrifício de crianças (II Rs 3:27); foi destruído por Josias (II Rs 23:13-14).
MOLOQUE e QUEMOS eram os deuses de Amom e Moabe, cujas nações foram formadas com os descendentes de Ló, que cometeu incesto com as suas duas filhas;
Vários autores sagrados aludem que, atualmente, esses deuses estão ligados ao lar, separando casais, matando crianças e levando à prática de incesto.
Diante de tais considerações, extraiamos algumas lições para nossa meditação:
(1) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO PERMANECEU FIEL A DEUS - I Rs 3:5-14 - Por ser humilde e não pensar primeiramente em si mesmo, Deus não só atendeu o pedido de Salomão, mas deu-lhe também riquezas, fama e notoriedade - I Rs 4:34.
(1.1) - O que se esperaria de alguém com todas estas bênçãos?: NO MÍNIMO, FIDELIDADE.
(1.2) - Mas a verdade é que as pessoas se envolvem em laços; e, nem sempre ser sábio nos isenta de cairmos neles, pois a sabedoria deve ser prática e não teórica. Salomão não ouviu a voz da sabedoria; antes, deixou-se levar pela idolatria - I Rs 3:5-8
(2) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE LIVROU DOS PERIGOS COM ENVOLVIMENTOS ERRADOS:
(2.1) - Deixou-se envolver pela fama da sua sabedoria e competência, esquecendo-se que tudo o que possuía vinha de Deus - I Rs 10:1, 7-9 ;
(2.2) - Deixou-se envolver pelos prazeres que o levaram à adoração dos deuses estranhos - I Rs 11:4;
(2.3) - Deixou-se envolver por interesses políticos, a fim de fazer negócios e agradar às suas mulheres estrangeiras - I Rs 11:1-2 comparar com Pv 2:16-19;
(2.4) - Deixou-se envolver por si mesmo, achando que depois de tudo o que havia conquistado, não precisaria mais de Deus; era autosuficiente - I Rs 11:6 comparar com Pv 3:5-8.
(3) - SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE AFASTOU DA IDOLATRIA - A idolatria cega o entendimento e geralmente é conseqüência das seguintes atitudes:
(3.1) - Esquecer que Deus nos ama - Salomão se esqueceu do amor de Deus e isto o afastou do Senhor - II Sm 12:24-25;
(3.2) - Esquecer de quem somos e o que Deus fez por nós - I Rs 3:6-10.
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Nm 27:12-23 - Ao saber que sua morte estava próxima, Moisés se preocupou com quem haveria de sucedê-lo e orou ao Senhor para que lhe indicasse seu substituto. Meditemos em alguns pontos:
(1) - Moisés pensou e se preocupou com o seu sucessor (o que muitos líderes hoje não fazem);
(2) - Moisés não cogitou nomes para a sucessão: um amigo, um parente, sua esposa ou até mesmo um de seus filhos;
(3) - Tampouco Moisés mencionou o nome de Josué, que tantas provas demonstrou de sua liderança e capacidade;
(4) - Moisés simplesmente orou ao Senhor e deixou que Ele tomasse esta iniciativa.
Que todos nós aprendamos esta bela lição e, acima de tudo, ponhamo-la em prática nas nossas vidas ministerial e de liderança, para glória de Deus! Amém.
FONTES DE CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre de 1996 - Comentarista: Valdir Bícego
Mil Esboços Bíblicos - Editora Evangélica Esperança - Georg Brinke
A Bíblia Vida Nova - Edições Vida Nova
70 Esboços de A a Z - Editora Pró Logos - Caio Fábio
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora e Distribuidora Candeia - R. N. Champlin e J. M. Bentes
Publicado no blog Escola Bíblica Dominical para Todos
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